Para um início de carreira rico e sem segredos.
Por João Pedro Schonarth
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Criar contatos e ter uma visão global da profissão são duas das habilidades essenciais para quem quer começar bem no mercado de trabalho
O primeiro emprego é um momento marcante e decisivo para o
profissional: é a partir dele que se forma a visão da área de atuação e que se
tem contato com pessoas que podem ajudar no desenvolvimento da carreira. Porém
há muitas dúvidas no caminho, como a maneira de se portar dentro da organização
e a hora certa de pensar em promoções. É a partir desse começo de carreira, que
a Gazeta do Povo traz, a partir de hoje, aqui na página de Gestão e Carreira,
uma série de três reportagens que vai abordar os desafios que rondam a entrada
no mercado de trabalho; a permanência na atividade aos 50 anos de idade; e as
dúvidas na hora da aposentadoria.
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Fonte da Imagem: Mundo das Tribos. |
A assistente contábil Daniele Pinheiro Ferreira começou a
trabalhar na concessionária Copava, em Curitiba, como estagiária. Antes, porém,
trabalhava como recepcionista em um escritório de contabilidade, onde observava
as atividades realizadas na empresa. Foi aí que percebeu que gostava da
profissão. “Como estudo Ciências Contábeis e vi que havia uma vaga de estágio
na empresa, me candidatei e consegui. Dez meses depois fui efetivada e trabalho
hoje como assistente contábil, mas quero mesmo é ser analista”, ressalta
Daniele.
Buscar o que gosta de fazer é uma das principais dicas dadas
pelos especialistas. Mas é preciso juntar isso ao momento de mercado. “É
necessário uma afinidade com aquilo que se quer fazer. Mas às vezes aquilo que
se gosta não é o que mercado está pedindo. É preciso achar um meio termo do que
se gosta e da demanda das corporações”, analisa Carlos Contar, consultor da
Business Partners.
O dilema entre tamanho de salários e de empresa deve ser
deixado de lado no início da carreira, avalia o consultor. Estar em uma grande
corporação e conhecer as práticas de mercado é o que deve ser focado. “A
remuneração pode não ser a maior, mas o que se aprende em uma grande empresa
acaba trazendo frutos que podem ser colhidos no futuro”, explica Contar.
A experiência de estar trabalhando, criar contatos e ter uma
visão global da profissão é o essencial para o início da carreira, na opinião
de Carla Virmond Mello, diretora da ACTA e da DBM. Mas é preciso ter cuidados.
“Há uma frase comum nas corporações, que diz que o mercado contrata por
competência, mas demite por comportamento. É este o ponto principal: ter
iniciativa, uma postura profissional e disciplina. Quando o jovem é contratado
para o primeiro emprego, não se exige dele tanto a experiência, mas se avalia
como ele se comporta. São essas sutilezas que são analisadas e que podem
ajudá-los na carreira”, avalia Carla.
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